longe vai
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O que está acontecendo?

03/05/2012

O futuro é estranho e maravilhoso

Faz mais de dois anos que parei de fumar. Eu estava dando a guerra por vencida quando de uma hora pra outra voltei a sofrer picos de fissura. Meu organismo está livre de qualquer resquício de vício, então qual a razão disso? Estou puto e realmente com um medo, pequeno mas real, de cair em tentação. Caí!

Desde que fumei o último cigarro no final de 2009 nunca havia posto outro na boca, nem de brincadeira. Mas já que uma força maior parece me conduzir, talvez eu possa fazer isso sem culpa, com ajuda da tecnologia. Afinal de contas, estamos ou não no futuro? Calma, eu explico.

Estava eu de bobeira no DealExtreme, entediado procurando algo legalzinho e barato pra tentar a sorte na alfândega, quando inesperadamente topei com isso:

(imagem perdida)

Levei um belo susto! A primeira vez em que botei os olhos nesses cigarros elétricos eletrônicos, anos atrás, eu gargalhei enquanto soltava uma baforada do bom e velho Marlboro. Essas coisas eram caras e bizarras. Mas agora que o futuro chegou, eles são baratos, dude! Daí eu pensei: por que não?

Senhoras e senhores, o cigarro eletrônico

Fato é que enquanto eu me acabava no alcatrão dos cigarros tradicionais, todo um universo de cigarros eletrônicos e métodos modernos de fumar se desenvolveu. Existem n modelos de n fabricantes, venda permitida em boa parte dos EUA e Europa, fóruns de entusiastas, gente famosa usando. É a nova coqueluche! Até mesmo Charlie Sheen na sua malandragem está ganhando uma graninha com seu NicoSheen!

A Wikipédia tem um verbete bem completo sobre o cigarro eletrônico. Se você quiser saber mais e como funciona, leia isso aqui. Ele foi patenteado em 1965 por Herbert A. Gilbert, mas somente em 2003, ao ser novamente inventado, dessa vez por um chinês de nome Hon Lik é que finalmente a tecnologia tornou o invento viável e a ideia saiu do papel.

Infelizmente (ou felizmente, se você for um grande fabricante ou exportador de tabaco e cigarros), a ANVISA proibiu indefinidamente a comercialização desse tipo de produto no país com a publicação da Resolução número 46, de 28/08/2009, de modo que só dá pra comprar via Internet, quebrando as leis e sendo feio e bobo. Quer dizer, manter autorização para que a venda de drogas que comprovadamente matam está tudo bem, mas vender algo que possa substituir essas e talvez faça mal… nem pensar! É isso mesmo, Arnaldo?

Simulacro e simulação

A verdade é uma só: o que temos aqui é um aparelhinho barato e que bate de frente com o cigarro normal ao simulá-lo perfeitamente, só que sem toda a parte desagradável e prejudicial a saúde, além de ser capaz de criar vapor com nicotina, que é o que interessa para todos que fumam. Como nenhuma indústria de tabaco quer ver seus clientes migrando de mercado, vivemos num período de luta contra a aceitação e legalização desse invento incrível. Claro que nem tudo são flores, existem controvérsias sérias.

Caso você tenha ficado interessado e queira saber mais, aconselho esse fórum.

Só sei que, se tudo der certo e a encomenda não enroscar na fronteira, em breve estarei aqui passando vergonha fumando um cigarro falso. E é claro que farei um review ;)