04/01/2020
A evolução do homem III ou Minha bicicleta de pedreiro III
Ora, ora, ora, aqui vamos nós outra vez!
Sucupira continua sendo uma cidade lazarenta para se locomover e eu continuo trocando de meio de transporte sem de fato sair do lugar.
Vendi a lambreta mais gostosa da cidade no fim do ano passado. Era uma boa motoca: econômica, ágil e versátil. Boa para fazer compras. Carreguei até latões de tinta com ela.
Por que vendi? Basicamente um motivo: ela estava ficando cansada e logo precisaria de cuidados maiores do que apenas trocar óleo e limpar o carburador. Não parece um bom motivo? Bem, se ela fosse uma Honda CG, não seria, mas ela é uma moto já com peças rareando e encarecendo, e em que mecânicos não gostam de trabalhar por ser necessário praticamente desmontar tudo. Em breve ela poderia me dar alguma dor de cabeça e achei que era o momento de me desapegar. Vendi para alguém que gosta muito do modelo, então ficamos todos felizes.
Está fora dos meus planos ter outra moto tão cedo, principalmente desses modelos comuns, já que para mim o modelo perfeito é scooter. E como todo veículo motorizado, é preciso considerar os custos. Minha lambreta era econômica, mas toda economia ia para os impostos anuais. Quem quer dar dinheiro pra esse governo que está aí?
Bom, eu a vendi já planejando comprar uma bike elétrica usada e vinha analisando a ideia há alguns meses. Tive sorte de encontrar uma por um bom preço bem rápido. Contemplem essa belezinha:
Bicicleta Kasinski Velle Eletrika 1001
É uma linda Kasinski Velle Eletrika 1001 azul e branca. Velle vem de Veículo Elétrico Leve. É uma bike elétrica do tipo pedelec, ou seja, você pedala e o motor é acionado. Se apertar o freio ou parar de pedalar, o motor desliga. Também tem um limitador que desliga o motor quando alcança 25km/h. Pra passar disso tem que pedalar com gosto. É bastante segura.
Também é muito pesada: 35kg. Sem motor é puro sofrimento. Precisei comprar um jogo novo de baterias já que as que estavam nela não seguravam muita carga. As novas infelizmente não couberam na caixa de baterias original e precisei fazer uma de madeira.
Andar com essa bicicleta elétrica é uma delícia. É como quando você era criança e alguém ajudava na subida, sabe? Dá a impressão de que alguém está te empurrando. Não sei se chega a ser uma atividade física, acho que agora sou apenas semisedentário.
A melhor coisa de todas é o barulho, digo, a ausência de barulho. É só o vento!
Pensando bem, acho que só vou ter uma moto de novo se for elétrica. Uma scooter elétrica que não precisa pagar impostos e pode carregar latões de tinta, tem?